Se num cenário típico ou regular já é desafiador manter o nível de engajamento positivo dos colaboradores, imagine quando se trata de um momento de tantas incertezas, que envolvem sobrevivência, e não apenas a necessidade do trabalho, mas sim do mais básico, que é viver. Este tem sido um dos maiores desafios das organizações no último ano.
Entender alguns fatores que colaboram para este desafio se mostram oportunos para gerar a reflexão do que estamos vivendo em todas as esferas da vida, seja na área profissional, corporativa, pessoal, afetiva, social etc.
No âmbito corporativo, as empresas com tantas restrições começaram a repensar suas estratégias, experimentar a modalidade remota de trabalho, redução de jornada, demissões, redução no quantitativo de times. Criando novas estratégias sem tempo hábil para experimentar antes de lançar ou ajustar o plano; esta tem sido uma constante em nossa jornada profissional. E como engajar colaboradores no meio de tantas demissões, empresas sendo vendidas e tantos ajustes?
É necessário pensar que a trilha mais assertiva para lidar com a gestão de pessoas é valorizar a condição humana, é sermos humanos na gestão. É compreender que estes colaboradores são seres sensíveis como nós que talvez estamos gestores neste momento, e que de alguma forma esperam de nós uma postura de equilíbrio, transparência e respeito.
Desta forma, se estamos falando de engajar precisamos neste momento propiciar momentos de atividades de colaboração e cooperação com objetivos comuns, mesmo tendo metas.
O engajamento é um laço afetivo entre o profissional e a corporação, onde ele se identifica com o negócio e dá o seu melhor para o empreendimento crescer. Para desenvolver esse laço, é importante investir no ambiente da organização e na potencialização das competências individuais do colaborador. E neste momento, a forma que temos de engajar é oferecendo programas de desenvolvimento de competências na modalidade retoma, prezando por metodologias ativas e aprendizagem significativa. Um exemplo destas iniciativas são os programas de desenvolvimento de lideranças e mentoria para lideranças realizadas de formas customizadas; mesmo sendo virtual, porém, é importante valorizar o “face to face”.
Engajar é um processo contínuo, logo é preciso de um planejamento da área de gestão de pessoas para definir estratégias que se complementem e fortaleçam a percepção de pertencimento do colaborador em relação à organização.
E quais são os resultados para a empresa de ter colaboradores engajados? aumenta o nível de automotivação que, consequentemente, melhora a produtividade, percepção de autorealização, surgimento de ideias e melhores soluções, resultando em profissionais mais focados.
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Angélica Dias
Psicóloga & Orientadora de Carreia